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7 Ferramentas Narrativas

Continuando com as dicas do “Writing Fiction for Dummies”, veremos agora 7 ferramentas que o escritor pode usar em um romance para dar ao seu leitor uma forte experiência emocional. Você certamente usará algumas mais do que outras, mas provavelmente usará todas alguma vez ao longo do romance.

Ação – o aqui e agora
Ação é o que acontece agora, momento por momento.
Ação deve ser sensorial. Você pode ver, ouvir, cheirar, sentir a textura, o gosto. Mostre, não conte.

Dialogo – dando voz ao personagem
Diálogo é um tipo especial de ação, onde o personagem fala. Como toda ação acontece agora. O leitor quer saber exatamente o que o personagem falou, não a explicação ou resumo do escritor.
Diálogos ajudam a dar ao leitor uma forte experiência emocional pois conecta o leitor diretamente ao personagem.

Monólogo interior – revelando os pensamentos
Como escritor você tem a vantagens sobre as mídias visuais de poder mostrar ao leitor exatamente o que o personagem está pensando. Você pode citar exatamente o que o personagem pensa, pode resumir ou dar apenas uma pitada dos pensamentos.
O monólogo interior coloca o leitor direto no cérebro do personagem, criando bastante intimidade entre eles.

Emoções interiores – sinta com o personagem
A segunda vantagem do escritor sobre o roteirista é poder mostrar os sentimentos do personagem. Você pode mostrar a resposta emocional do personagem ao que ele sente (que aumenta a experiência emocional, mas deve ser usado com moderação), ou apenas dizer como o personagem se sente (menos poderoso, mas pode ser usado com mais frequência).

Descrição – vendo o que o personagem vê
Na descrição ligamos o leitor ao que o personagem sente – vê, ouve, cheira, prova, toca. Também não deve ser sumarizada. É uma ferramenta poderosa que coloca o leitor dentro da pele do personagem.

Flashbak (ou analepsis) – uma viagem para o passado
É uma transição para o passado que mostra o que aconteceu com o personagem. Engloba todas as ferramentas citadas anteriormente (ação diálogo, monólogo interior, emoções interiores e descrição).
É importante, ao início do flashback, dar ao leitor ao menos alguma pista de que você está mudando o tempo. Ao final também é necessário outra pista de que você está voltando ao tempo da narrativa. Durante essas duas marcações, proceda normalmente como se o passado fosse o agora.

Sumário narrativo – suprindo a narrativa
Resume algo que acontece em algum lugar ou tempo que não seja aqui e agora. Pode ser algo que aconteceu no passado, algum plano para o futuro.
O sumário narrativo não é vívido mas é muito eficiente, pois pode cobrir muita informação rapidamente.
Não deve ser usada em excesso pois não providencia nenhuma experiência.

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Sobre Carolina

Carolina
Apaixonada por livros, estudante de Letras e escritora em treinamento.

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