Hoje vamos falar sobre um livro incrível: A Redoma de Vidro, de Sylvia Plath.
A história, parcialmente auto-biográfica, conta a história de uma adolescente sofrendo de depressão. E é também um estudo de caso interessante sobre como fazer o ponto de vista trabalhar por você.
O livro é escrito em primeira pessoa por Esther, uma universitária que sonha ser escritora e está fazendo estágio em uma revista de moda badalada. Ela vai contando para nós os acontecimentos de sua vida e suas experiências, ao mesmo tempo em que entra em uma depressão cada vez mais profunda. É interessante notar que, como a própria personagem não consegue racionalizar muito bem o que está acontecendo com ela, nós também não temos uma visão clara. Vendo através dos seus olhos não podemos distinguir claramente sobre suas experiências: se tudo aconteceu mesmo, se ela está exagerando, ou contando parcialmente como aconteceu. Diferente de muitos outros livros em que vemos a personagem pelos olhos do narrador que nos descreve com detalhes o que está acontecendo e porque, aqui estamos juntos com ela.
É uma ideia bem interessante de como usar o ponto de vista ao seu favor para criar diferentes efeitos no leitor. Pense nisso quando quiser deixar o leitor no escuro sobre os sentimentos dos personagens, ou mesmo sobre o cenário: que tal o Ponto de Vista de primeira pessoa para confundir o leitor?
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Excelente trabalho. Muito esclarecedor,continue nesta jornada iluminada pelos astros que nos ajuda a sonhar.
Rubens